Antes do colapso financeiro global de 2008, Portugal estava experimentando um período de crescimento econômico relativamente estável. O país havia se adaptado com sucesso às pressões da globalização, com a ajuda do governo socialista que instituiu reformas pró-mercado. A estabilidade política, a modernização das infraestruturas e o investimento público em educação e serviços sociais também contribuíram para o sucesso econômico português.

No entanto, por trás da prosperidade aparente, a economia portuguesa estava vivendo um período de desequilíbrio crescente. Um fator chave foi a dependência excessiva dos bancos portugueses em empréstimos externos para financiar suas atividades. A facilidade de obter crédito barato levou a um boom imobiliário que aumentou drasticamente os preços das propriedades. Os bancos também financeiramente a indústria pesada em declínio, apesar de seus níveis crescentes de endividamento.

A crise financeira global desencadeou uma crise de confiança no sistema bancário português. Aproximadamente 40% dos empréstimos concedidos pelos bancos portugueses eram em euros e dólares americanos, especialmente para financiar o mercado imobiliário. Com a desvalorização do euro, esses empréstimos se tornaram mais caros para os bancos portugueses, o que reduziu a liquidez e levou ao crédito malparado. Isso criou um efeito negativo sobre a economia em geral.

Como resultado, o governo português teve que tomar medidas drásticas para impedir a deterioração da economia. Em 2011, Portugal, como Grécia, Irlanda e Espanha, recebeu um pacote de ajuda financeira de 78 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. O plano exigia que Portugal implementasse uma série de reformas destinadas a reduzir o déficit orçamentário, a dívida pública e para aumentar a competitividade através da liberalização de mercados.

Em conclusão, a economia portuguesa antes da crise financeira global de 2008 estava experimentando um período de crescimento econômico relativamente estável. No entanto, essa prosperidade estava sendo construída sobre uma base frágil de dívida bancária excessiva que, quando combinada com os impactos da crise financeira global, desencadeou a crise econômica. A recuperação econômica de Portugal após a crise enfrentou muitos desafios, mas o país continua empenhado em uma trajetória de crescimento econômico sustentável e diversificada.